A maioria das cargas das unidades consumidoras utilizam energia reativa indutiva como por exemplo, motores, transformadores, lâmpadas de descargas, fornos de indução, entre outros.
As cargas indutivas necessitam de campos eletromagnéticos para seu funcionamento, e por isso, sua operação requer dois tipos de potência.

1. Potência Ativa - Medida em KW, e a que efetivamente realiza trabalho gerando calor, iluminação, movimento, etc.

2. Potência Reativa - Medida em KVAR, usada apenas para crias e manter os campos eletromagnéticos das cargas indutivas.
Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução de trabalhos, a potência reativa, além de não produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação ativa ocupando um "espaço" no sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa. A potência ativa e a potência reativa se juntam,(soma vetorial), constituindo a potência aparente, medida em KVA, que é a potência total gerada e transmitida à carga.

Modelo de Banco de Capacitor

Esquema de Ligação dos Bancos de Capacitor

FATOR DE POTÊNCIA

No esquema acima, a proposta sugere uma rede de Bancos de Capacitores interligada e gerenciada por um Banco com controlador de fator de potência.
O esquema de instalação sempre se adequa a necessidade específica, levando em consideração a demanda e a estrutura de distribuição de carga em cada caso.

Possíveis Causas

-  Motores e transformadores operando "em vazio" ou com pequenas cargas
-  Motores e transformadores super dimensionados
-  Grande quantidade de motores de pequena potência
-  Máquina de solda
-  Excesso de energia reativa capacitiva
 
Lâmpadas de descarga, sem reatores de alto fator de potência

-  Fluorescentes
-  Vapor de Mercúrio
-  Vapor de Sódio


Consequências

Baixos valores de fator de potência são decorrentes de quantidades elevadas de energia reativa.
Essa condição resulta em aumento na corrente total que circula nas redes de distribuição de energia elétrica da Concessionária e das unidades consumidoras, podendo sobrecarregar as subestações, as linhas de transmissão e distribuição, prejudicando a estabilidade e as condições de aproveitamento dos sistemas elétricos, trazendo inconvenientes diversos, tais como:

Perdas na rede

 As perdas de energia elétrica ocorrem em forma de calor e são proporcionais ao quadrado da corrente total. Como essa corrente cresce com o excesso de energia reativa, estabelece-se uma relação direta com o incremento das perdas e o baixo fator de potência, provocando o aumento do aquecimento de condutores e equipamentos.

Observação: As perdas são inversamente proporcionais ao quadrado do fator de potência.
      

            Redução das Perdas (%) = 100 - (1 x Fpi²)

                                                           Fpf²     

Queda de tensão
Subutilização da capacidade instalada
Cobrança de excedentes reativos, multas à concessionária