O raio é uma descarga elétrica formada entre a nuvem eletricamente carregada e um ponto da terra durante alguns milésimos de segundo. Neste curtíssimo espaço de tempo, gera radiação eletromagnética causando sobretensões transitória (altos picos de voltagem) nas instalações. Desta forma, os aparelhos eletroeletrônicos instalados são atingidos pelas sobretensões conduzidas através da rede elétrica, linhas de telefone, de tv a cabo ou antena externa.
O Pararraios eletrônico é um protetor contra sobretensões transitórias que deve ser instalado no quadro de distribuição de energia elétrica e linhas telefônicas.
O sistema permite montá-lo em qualquer quadro de luz, tanto em circuito monofásico, bifásico ou trifásico.
Os DPS são Dispositivos Protetores contra Surtos, utilizados na proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos, ou conforme a definição da norma IEC 61643-1, "é um dispositivo destinado a limitar as sobretensões transitórias e a desviar correntes de surtos, contendo pelo menos um componente não-linear".
O DPS é auto regenerativo, ou seja, pode atuar varias vezes, sem que haja a necessidade de ser substituído ou religado. A vida útil deste produto é condicionada as características do seu componente de proteção (Varistor, Centelhador, Diodo de Avalancha e entre outros) entretanto poderá eventualmente ser danificado se for exposto a distúrbios acima de sua capacidade. O tempo de vida útil do produto varia de 1 a 3 anos de uso dependendo do tipo de aplicação, após esse prazo recomenda-se a substituição.
Os DPS para linha elétrica, podem possuir adicionalmente, filtros de RFI (radiofreqüência) e EMI (ondas eletro-magnéticas), bloqueando o "ruído" provocado por outros equipamentos ligados, emissores de harmônicos.
Para efeito de aplicação, a IEC 61643-1 distingue três classes de ensaios, como abaixo, diferenciando cada classe pela quantidade de energia que o dispositivo tem de lidar quando da ocorrência do surto:

Classe I: Indicado para locais AQ3 (NBR 5410:2004) sujeitos a descargas diretas (lida com maiores energias),
Classe II: Indicado para locais AQ2, sujeitos a surtos provenientes da linha externa de alimentação. (NBR 5410:2004, 5.4.2.1.1-a) (lida com menores energias que os da classe I),
Classe III: Indicado para locais que exigem uma proteção "fina", aplicáveis a equipamentos mais sensíveis. (lida com menores energias que os da classe II).

Nível de Proteção (Up): Caracteriza a máxima tensão que o DPS deixa passar antes de limitar a tensão entre terminais. 

As descargas atmosféricas (raios) apresentam alto poder destrutivo, dada a intensidade da corrente do raio (2.000A a 200.000A), apesar do seu reduzido tempo de duração, o período critico está na faixa de dezenas de microssegundos. Entretanto só uma parcela da energia disponível do raio é que irá atingir as diferentes unidades consumidoras da rede de baixa tensão: residências, escolas, escritórios, lojas, etc.

A grande maioria de sobretensões gerada por raios é ocasionada por descargas indiretas. Cabe destacar ainda que centenas de sobretensões de baixa amplitude ocorrem diariamente nas instalações elétricas de baixa tensão. Os chaveamentos (ligar e desligar) de lâmpadas, bombas, copiadoras, máquinas de solda, raios-X, geradores de energia, etc, geram sobretensões que embora não rompam o isolamento de equipamentos sensíveis, estressa-os reduzindo-lhes a vida útil.

DPST

Dispositivos Protetores contra Surtos Transitórios